Hoje eu li no blog do Octavio sobre o Pedro e o Lobo, estória que eu adorava, era capaz de ouvir umas 10 vezes por dia e até chorava quando a Sonia, a pata, morria, mesmo sabendo que no final ela voltava a aparecer.
Eu brincava no quintal de casa, o Pedro era alguém imaginário, eu era Sasha, o passarinho e o meu cachorro Rick era o Lobo, claro, mas era uma pena que o Rick não era tão bom de atuação, eu queria que ele corresse atrás de mim, mas ele não ligava muito, mas eu viajava.
Eu também gostava de ouvir o disco da Branca de Neve, me enrolava em algum trapo e cantava no último volume, depois a minha roupa foi substituída pelo vestido de 15 anos de alguma prima, e aí eu me achava a própria! O Rick nessa estória era o Dunga, anãozinho que eu mais gostava.
Acho que passei a minha infância inteira brincando, usando a imaginação. Eu e os meus irmãos, fazíamos festivais da Primavera, que aconteciam quando a Primavera (aquela trepadeira cheia de florzinhas) floria e formava um tipo de telhado em uma parte do quintal, brincavamos de Família Robinson, e o Dan, meu irmão mais velho, fazía umas invenções do tipo colocar uma mangueira presa em uma corda pra gente fingir que estava passando em uma cachoeira encantada.
Nesse tempo de brincadeiras eu podia jurar que tinha ido para aqueles lugares, como por exemplo a Mini Cidade que a gente fez uma vez. Todos andavam de bicicleta pelo quintal e lá era a Mini Cidade, tinha banca, com revistas de verdade, uma escola, um supermercado, e uma casinha onde todo mundo morava junto, hahaha, eram aquelas casinhas de armar que de tanta gente dentro, mais parecia um cortiço, hahaha, a gente fazia lanchinho da tarde, que era lanche de bisnaguinha com chá de guaco, natureba, né?! Mas a água do chá era de torneira, a gente pegava a folha de guaco colocava em uma chaleirinha de brinquedo de plástico, deixava a tarde toda no sol e depois bebia, como se fosse uma iguaria, mas era ruim que só!
Muito bom ter vivido essas coisas e principalmente ter sobrevivido!
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