O livro é uma coletânea de memórias da infância da autora, que nos dá uma idéia de como era a vida dos imigrantes italianos que foram para São Paulo na busca de melhores condições de vida e, por consequência, nos mostra um panorama da cidade de São Paulo e de como tudo foi se transformando com o passar dos anos.
A minha vontade é de pegar os pontos de São Paulo falados por ela e ir ver como o lugar está agora. A maioria dos lugares que ela cita no livro eu conheço, mas não com o olhar dela e muito menos com o olhar de um século atrás, onde as construções eram totalmente diferentes. O Brás contado no livro era habitado por famílias italianas e hoje essa região de São Paulo não parece ser habitada por ninguém, somente por roupas a venda. Seria bem interessante ir em um domingo, onde tudo está fechado e olhar as construções imaginando pessoas morando.
Uma vez eu ganhei um livro sobre a hotelaria de Santos, eu tinha 12 anos e eu peguei a minha bicicleta, em um domingo nublado e de jogo do Santos, e resolvi percorrer a cidade para ver os lugares do livro e foi maravilhoso, como se eu estivesse entrado em uma máquina do tempo.
Eu sempre fui apaixonada por construções antigas, por história e sempre adorei olhar os prédios de baixo para cima, uma mania que adquiri em um dia que olhando para o alto, percebi que os detalhes principais de arquitetura estão lá em cima, no topo da construção. O primeiro prédio que eu reparei isso foi um na esquina da Conselheiro Nébias com a praia, em Santos, onde hoje tem uma sorveteria em baixo.
Aqui em Calgary, o Centro é meio apertadinho e também é bem interessante olhar os prédios de baixo para cima, pois a maioria tem o ano de construção na parte superior. Um dia eu quero fazer várias fotos desses prédios e de suas datas.
Esse foi o primeiro livro da Zélia que li, e já me havia sido recomendado a um tempo pela Thelma, e agora com certeza ele está na lista dos meus livros favoritos!
Hoje começo a ler Padre Cícero, de Lira Neto, que é uma biografia do Padre, um personagem da história brasileira que mais me intriga, pois nunca consegui realizar se ele era um santo ou um revolucionário político, mas isso eu acho que vou descobrir quando começar a minha leitura.
3 comentários:
Padre Cícero não era uma coisa nem outra... Era simplesmente um coronel do nordeste que se aproveitava da batina para dar ordens.
Ah, isso eu vou descobrir qnd acabar...
Bjinhos
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