quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Apreensão...

Hoje, eu, o Ravi e o Arthur fomos conhecer a escola nova que o pequeno vai estudar, é linda, mas eu estou tão apreensiva que nem consigo dormir direito a noite. Sabe aquela vontade de colocar o filhote numa redoma?pois bem, é essa vontade que eu tenho!

Eu sei que não é o certo, mas vontade é o que não falta...

Outro dia, a gente estava no ponto de ônibus e chegou um menininho com uma máquina registradora de brinquedo, os olhos do Arthur brilharam, então ele me perguntou se podia ir lá brincar e eu dei algumas explicações do tipo: "Mas ele fala em inglês, também ele é pequeno e pode não gostar de dividir os brinquedos dele..."do tipo bem derrotista, então ele virou pra mim, pegou o meu rosto e disse: "Mas como eu vou saber se eu não tentar?"e foi, e brincou e eu fiquei com uma cara de boba. Pois bem, eu não vejo a hora de ver o meu filhote ultrapassando todas as barreiras e me deixando com cara de boba.

Bom, mas enquanto isso eu vou tentando conviver com essa apreensão, fazendo um monte de listas e planos B, pois mãe é assim mesmo quer sempre proteger a cria.


sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Dia bom!

Hoje é sexta, que delícia!!!!!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Única impressão

Hoje o filhote descobriu as costelas, eu nunca parei pra pensar que um dia eu descobri essas coisas...

Outro dia, ele descobriu o coração e ficou divagando sobre se o coração parasse ou algo assim.

Me diverte muito e ainda tem tanta coisa pra ele descobrir. O primeiro olhar é tão importante, pra mim ele é como a matriz das impressões, é a partir dele que nós vamos conhecendo e tirando nossa própria impressão do que quer que seja.

Não existe segunda chance para se ter uma primeira impressão.

Sabe quando você chegou numa escola nova, ou no primeiro dia de trabalho, pois bem, o jeito que você viu tudo, nunca mais vai se repetir.

Isso é fenomenal, acontece sempre mas a gente nunca para pra pensar.

É engraçado mas muitas vezes eu tento ter aquela sensação de novidade, sobre algo que eu já conheço, mas eu sei que nunca mais vou ter a mesma sensação. As vezes acontece de eu ir pra algum lugar que eu fui e achei bárbaro, mas da segunda vez não dá o mesmo impacto, chega a ser frustrante, porque a primeira impressão é única de verdade, depois que entrou no cérebro, ficou arquivado e já era...

Então, vou dar um conselho pra você, vá a algum lugar novo e desfrute as sensações, aproveite cada minuto e cada novidade, olhe com olhos de criança, é mágico.

Ah, não esqueça de tirar fotos, muitas fotos, só pra depois você lembrar que naquele momento você teve uma sensação maravilhosa, indescritível e que jamais se repetirá, vale a pena.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Amigos

Tempo nublado e prováveis pancadas de chuva durante a tarde...

Hoje eu tava pensando na amizade, pensei em como a gente se torna amigo de alguém, ou melhor, qual é o momento em que você e outra pessoa contam sobre coisas mais íntimas...
Sabe, a gente conhece pessoas o tempo todo, mas se dizer amigo é diferente, precisa ter a tal da afinidade.
Eu tenho sentido falta dos meus amigos, porque é muito mais fácil, você não precisa escolher palavras pra falar qualquer coisa, nem medir o comportamento, a coisa flui.
Nesse fim-de-semana nós conhecemos um casal do
Brasil, de São Paulo, melhor, o cara era de Santos e morou na rua ao lado da que eu morei, mas é
estranho porque quando você não conhece as pessoas tão bem nunca sabe a hora certa de telefonar e chamar pra sair, essas coisas.
Bom mesmo é ser criança, eles não têm a menor vergonha de se convidar e de convidar alguém pra passear ou visitar. Malditas convensões!
Então vamos fazer assim, quem estiver lendo (se é que alguém lê isso) fique a vontade para vir à minha casa, não precisa ligar é só chegar, se por acaso eu não estiver, não entre em pânico, não fomos pra nenhum lugar muito longe.
Vocês sabem, a gente não tem carro ainda, nós só andamos pela cidade e pra variar continuamos duros, então não vamos viajar tão cedo.
Por favor, não me levem a mal, não é um desabafo é só uma explicação.
Abaixo as convensões!!!
Bom é isso, a minha casa sempre esteve de portas abertas e continua assim, nós não fumamos mais, mas continuamos tomando uma cervejinha, como bons e velhos brasileiros que somos.
O Arthur continua querendo todos no seu quarto pra brincar...quem já foi na minha casa não vai estranhar, tudo continua igual.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Sensações

Hoje está um dia de sol, lindo...um vento frio e confortável.
Eu queria muito ter um bom livro pra ler, daqueles que você depois de um tempo não consegue saber se leu ou viu um filme, tamanha familiaridade que se adquire da paisagem.
Não sei se você já leu "O velho e o mar" de Hemingway, as cores daquela estória (na minha cabeça) jamais poderão ser retratadas, são tão lindas que nem existem.
Alguns livros têm esse poder de aguçar os sentidos...
O livro "O cortiço" de Aluísio Azevedo, me lembra o cheiro de sardinha e de miséria. Esse livro, que é muito odiado por muitos em virtude do vestibular, é um dos meus preferidos justamente pelo dom que o autor tem de passar todas as impressões do lugar, mas para mim a mais marcante ainda é o cheiro.
No topo da minha lista de sensações vem o livro "Cem anos de solidão" de Gabriel García Márquez, um livro a ser degustado, pois além de te encher de sensações desconhecidas, mas que a gente quase acredita ser possível, ainda tem aquela forte impressão de casa de vó, confortável e macio...
Eu tenho uma lista enorme de livros que eu já li, mas poucos posso incluir nessa lista.
Uma coisa que eu gosto de observar num livro é onde o autor se esconde nele, onde ele fica sentado vendo aquele universo se formar.
A pouco tempo eu terminei de ler o livro "A menina que roubava livros" de Markus Zusak, um livro que da frio e vontade de gritar. Fazia um tempo que eu não lia algo tão bom. A Morte nunca me pareceu tão irônica e tão pouco cruel. Esse livro me deixou a sensação de vento no rosto, de correr até a garganta secar, de mergulhar em um rio tão frio que não se sente os dedos. Divino.
Talvez eu tenha me empolgado nas minha divagações, mas eu já disse que eu gosto de ler.
Eu ando tão carente de livros que me pego lendo embalagem de margarina, ridículo, mas é abstinência.
Bom, se alguém tiver alguma sugestão, pode mandar.

Futuros amantes

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

O Tempo

13 de agosto

Já faz mais de um mês que eu estou aqui...parece que eu moro aqui a minha vida toda.

Eu ainda não saio por aqui sozinha, mas a paisagem parece familiar, bem confortável.

Tenho a impressão que eu desejei tanto estar aqui que pude imaginar cada centímetro desse lugar. Interessante eu me ver em lugar tão longe do que eu vivia e nada me dar medo, logo eu que tinha um certo receio com o desconhecido.

A única coisa que me chateia é o fato de não me comunicar tão bem com as pessoas, mas também estou curtindo isso, acho que o silêncio te dá o poder da observação, esse é um grande aprendizado.

Tenho percebido melhor as coisas ao meu redor, me sinto mais sensível, isso também é um grande aprendizado.

Tô em paz.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O velho e o moço

Hoje eu falei com o meu pai e percebi a voz dele diferente, eu andava meio preocupada com ele, mas hoje eu notei a voz
dele mais confiante, sabe quando se é criança e vai andar de bicicleta sem rodinha pela primera vez e o pai fala:
"Vai filha não precisa ter medo" e então a gente vai porque ele sabe TUDO, uma voz que aquece, é muito bom,
a gente tem a capacidade de acreditar em tudo, de ver o mundo melhor, a certeza de que nada de ruim pode acontecer.
É engraçado a gente parar pra pensar na gente criança e perceber que já é um adulto, e pensar no nosso pai jovem e ele já ser um vovô...
Um anjo passa de repente e toca a gente, coisa boa.
De repente já não sou mais uma adolescente rebelde, agora já sou uma mulher que cobre o seu pai que cochila no sofá. Perceber que tudo passou e que a gente pode ser muito amigo também faz bem, trás paz.
Outros jovens virão, se rebelarão e se Deus quiser perceberão o tempo passar.
Saudade...

Já é um começo

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Querido Diário

Muito engraçado, mas a um tempo atrás as pessoas torciam para que ninguém achasse o seu diário, o melhor lugar para colocar os nossos segredos mais sórdidos...
Agora, a coisa que mais penso é : "Será que alguém vai ler esse troço???". Pelo sim, pelo não, vou escrevendo...
Acho que é uma evolução da minha parte, pois sempre fui avessa aos avanços da humanidade, e cá estou eu, escrevendo um blog, num laptop, ouvindo Ipod. Pode???
Mas ainda não consegui baixar as fotos pro meu álbum, mas aí já é muita coisa para um único dia.
Que por sinal está acabando...