sexta-feira, 29 de maio de 2009

Um dia de aventura

Era uma vez duas ratinhas, uma se chamava Amy e era pretinha, e a outra se chamava Sissy e era branquinha. Amy e Sissy viviam em uma terra distante, por vezes meio fria, na casa de uma família que falava uma língua estranha.

Um dia elas decidiram que estava na hora de conhecer um pouco mais o lugar onde moravam, não estavam aguentando tamanha curiosidade e armaram todo o plano, iriam roer um buraquinho, até que ficasse do tamanho delas.

Um belo dia a sua dona foi dar comidinha para as ratinhas e notou algo de estranho, a casinha estava muito silenciosa e tinha um buraco num canto.

Desesperada a dona correu por todos os cantos até que ouviu um barulhinho vindo do guarda-roupas. Quando abriu lá estava Sissy, mas onde estaria Amy?

Bom, ela não conseguiu pensar nisso por muito tempo, pois Sissy saiu correndo por todos os lugares que pôde e com aquele tamanho não era difícil achar um lugar onde não coubesse.

Sissy, rodou por todos os cantos, entrou atrás dos brinquedos da criança da casa, se enfiou embaixo da televisão, entrou no cesto de controles de vídeo-game, entrou atrás da máquina de lavar e foi para trás da geladeira. Ufa!

Lá ela encontrou sua irmãzinha Amy, que estava com a maior cara de sono, mas ficou muito feliz em saber que sua irmã estava bem.

Amy mostrou todo o lugar que tinha encontrado para sua irmãzinha. Embora a dona teimasse em fazer barulhos para espantá-las, elas não se incomodaram muito, só estavam preocupadas com a comida, pois a que elas carregaram com elas em suas bochechas não era muita.

De repente elas perceberam um movimento diferente, e foram ver o que era. Era a casa delas que estava ali, bem pertinho do esconderijo!

As duas olharam uma para a outra e concordaram, a aventura estava muito boa, mas na casinha tinham comida em um ninho bem fofinho às esperando.
Alinhar ao centro
E assim, elas voltaram para sua casinha, felizes da vida. E mortas de sono dormiram como anjos.


Fim
Soraya



*Essa estorinha é baseada em um fato real.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Por que você tem um blog?

O Fio de Ariadne lançou uma blogagem coletiva que me fez queimar os fusíveis, pensando: Por que você tem um blog?
Bom, eu já nem lembro direito o exato porquê de ter começado, acho que deve ter sido para registrar o que estava me acontecendo nesses tempos morando no Canadá, mas eu ter continuado com o blog...
Algumas pessoas me perguntaram porque se chamava Mapa do Meu Nada e eu nunca tinha pensado nisso, o nome me fazia sentido, mas como explicar? Taí uma pergunta interessante e que me leva a saber porque eu tenho um blog.
O Mapa do Meu Nada, nada mais é que um livro de viagem, cheio de trilhas. Seguindo essas trilhas você pode encontrar uma superfície que se transforma com o passar dos tempos, que pode ser bonita em um dia de sol e triste em um dia sombrio, que mostra suas linhas do tempo a quem olha mais de perto, mas que à uma certa distância parece muito jovem e florida, que tem em seu interior uma gruta desconhecida com muitas outras trilhas que podem te levar a uma linda fonte de sabedoria, amor e felicidade, como a um lugar escuro, por vezes tenebroso, ou um lugar onde se deve caminhar com cuidado por ser muito frágil. O Mapa é um monte de trilhas, que sempre acrescentam novas trilhas e que se olharmos com carinho nos mostra um ser-humano em construção.
Essas palavras me surgiram assim, talvez já estivessem ali, prontas, mas agora eu sei que eu fiz esse blog para me conhecer um pouco mais, sem medo do que viria, e para me mostrar como realmente sou, sem temer quem viria.

A Grande Onda de Kanagawa, Hokusai

terça-feira, 26 de maio de 2009

Enquanto isso no curso de inglês...

Eu estava conversando com a minha vizinha paquistanesa e ela me perguntou se eu estava gostando do curso e eu respondi que sim, e ela perguntou o por quê de eu gostar, daí eu falei que adorava encontrar pessoas para bater-papo, meus amigos, meus parentes, indo lá eu mato um pouco a vontade de papear.
É bom exercitar na rua com as pessoas, mas nem todas têm o mesmo dom que a Marla tinha de me ensinar, eu aprendi muito com ela, mas agora as minhas amigas gringas têm um inglês tão macarrônico quanto eu, daí fica difícil melhorar.
Na escola a aula é toda de conversação, o professor dá um tema e a gente bate-papo, tem exercícios escritos também, mas todos são para reforçar o fato da gente escrever de um jeito mas pronunciar de outro.
A única coisa que me chateia um pouco é quando alguém me interrompe quando eu estou falando e tem uma maluca da India que não consegue ficar sem responder a tudo que o professor fala, aí eu fico meio frustrada e travo.
Tem gente que não se manca e não entende que pra algumas pessoas falar pra um monte de gente é mais complicado...pra mim é quase impossível. Reparem, eu estou sempre conversando com umas poucas pessoas, se o grupo aumenta eu dou um jeito de fugir, principalmente se eu preciso gritar pra alguém me ouvir, daí eu já nem falo, minha cabeça não se prende na conversa quando tem muita barulheira. Não é timidez, não! Eu não sou nem um pouco tímida é trauma de quem viveu em uma casa lotada de gente sempre. hahaha.
Bom, mas a aula está me ajudando muito, eu sinto que melhorei e que tomo mais cuidado para não falar errado.
Além disso adorei conhecer as pessoas da classe, principalmente os meus companheiros de fundo, Gino (Quebéc), Ikran (Sri Lanka), Julio (Venezuela) e Juliana (Brasil), e claro, a Debora, que é brasileira também, ela não senta no fundo, mas a gente vai embora juntas, pois ela mora aqui perto de casa e a gente dá carona pra ela.
Ps: Quando eu sinto preguiça de estudar ou ir à aula eu sempre penso: Eu estou indo pra escola para melhorar a minha qualidade de vida, eu posso continuar falando errado, mas falando certo eu vou ser muito mais feliz aqui, é aqui que eu vivo, e é meu dever ser feliz hoje. E pronto, a preguiça vai embora.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Busy Weekend

Na Sexta-feira nós fomos à casa de uns amigos da Bósnia e de Montenegro, eu conheço a esposa Dubravska do ponto-de-ônibus, o filho dela estuda na mesma escola que o Arthur. O marido dela perdeu o emprego nessa crise e eu dei o cartão do Ravi para ela, para que o marido pudesse mandar o curriculum para a empresa que o Ravi trabalha, daí eles vieram aqui em casa um dia para nos conhecer melhor. Eu converso bastante com ela e conheci a tia deles que estava aqui de visita e que até chorou ao se despedir de mim (ela não sabia falar inglês, mas nada que a linguagem da mímica não ajudasse, tivemos boas conversas), mas nossos maridos ainda não tinham se conhecido, apesar de trocarem e-mail. Foi bem legal ir na casa deles, que por sinal é linda, cheia de pinturas bizantinas de santos, um estilo artístico que eu adoro. Comemos umas coisas bem gostosas por lá, vimos fotos e ouvimos um pouco da música deles, vendo a filhinha, Lídia de 1 ano, dançar com a mãozinha pra cima, muito fofa!
No Sábado fomos ao festival. Lembra que eu falei em um post sobre a falta que eu sentia de atividades culturais infantis? Pois bem, matei a saudade no Calgary Internacional Children's Festival que foi maravilhoso!
O centro da cidade estava muito alegre, o Olympic Plaza, uma praça no centro, estava toda enfeitada para o festival, cheio de crianças, com música e desenhos.
Nós fomos ao Butterflies Interactive que aconteceu no Downstairs Hall, no Epcor Centre, um teatro enorme no Centro que eu ensaiava ir já fazia tempo. A atividade era mágica! Ao entrar tínhamos que tirar os sapatos e sentar na lateral, o grupo foi dividido em dois, metade de cada lado e uma mulher que parecia uma fada ia chamando as crianças para pisarem em uma tapete "mágico", quando as crianças se moviam aconteciam coisas, como as folhas que estavam projetadas no tapete se mexerem ou a lagarta andar comendo as folhas, tudo era muito abstrato, mas as crianças conseguiam entender que era um jardim, com lagartas que se transformavam em borboletas, atividade muito delicada e linda.
Depois das Borboletas nós fomo à praça esperar pela peça que nós íamos assistir depois. Lá o Arthur pode correr bastante e se divertiu muito, depois fomos comer.
Quando nós entramos no teatro vimos um elevador, daqueles antigos, que se movem por uma manivela e o Ravi não resistiu e o chamou para que fossemos dar uma voltinha. Lá dentro, do elevador, tinha um senhor muito atencioso que mostrou como funcionava e o Arthur adorou, principalmente a velocidade que o negócio subia e descia.
Ao entrarmos na sala onde ia acontecer a peça brasileira O Cano, encontramos uns brasileiros, mas apenas uns poucos.
A peça era maravilhosa, bem maluca, com uma armação de canos de pvc, que os atores transformavam o tempo todo, entre muita palhaçada, e com muita música, tirada dos canos, ladrilhos, peças de metal e até um tambor de plástico azul, bem grande, que se transformou em uma baixo. A fada da atividade interativa sentou ao nosso lado e não sabia se ria mais da peça ou do Arthur que ria tanto que até se torcia, bateu palma das músicas e dançava na cadeira. No fim, fomos comprar o dvd, cd e cumprimentar os atores. Eles são de Brasília e estão na estrada desde os anos 80! São muito simpáticos e de uma sensibilidade sem tamanho. Os canadenses e pessoas de outros países que estavam por lá adoraram e todos fizeram questão de falar com eles, me senti muito orgulhosa de ver a nossa arte ser tão bem recebida. Só fiquei triste de não ter encontrado muitos brasileiros no Festival, mas depois eu fiquei sabendo que muitos nem sabiam que estava acontecendo, mas quando eu souber de algo vou avisar ao pessoal.
No Domingo, fomos à um churrasco com o pessoal da igreja no Fish Creek, quem nos convidou foi a Scheila. Eu nunca tinha ido em um churras no parque e foi muito bacana, principalmente ver a criançada solta, brincando na lama e no rio. Voltaram pra casa imundos, cada pai tinha pelo menos um pimpolho que mais parecia um Mogli para trazer de lembrança. hahaha.
Um findi bem legal, como muita coisa boa, espero ter mais!!!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Essa sou eu, ou melhor, era eu!

6 meses
2 anos - eu e o meu irmão Danilo

3 anos - eu, Felype (irmão) e Danilo



4 anos - na escolinha "Casa da Vovó"



quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nesse fim-de-semana vai acontecer o Calgary Internacional Children's Festival, um evento de música, teatro, marionetes, entre outros, voltado ao público infantil. O festival está acontecendo desde terça-feira (19) e vai até sábado (23), algumas apresentações são gratuitas, mas a maioria custa $12.00.
Estão se apresentando artistas de vários lugares do Mundo, inclusive do Brasil. A peça brasileira se chama O Cano, e é indicada para crianças do Kindergarden ao Grade 12.

Para mais informações visite o site : http://calgarychildfest.org/

Nós vamos assistir à peça brasileira e participar do instalação interativa Butterflies Installation, da Itália.

Como eu disse pra um colega de classe: é bom ir, pois na cidade não acontecem muitos eventos para crianças...

Bitter Chocolate

Acabei o livro que estava lendo, Bitter Chocolate, de Lesley Lokko, e achei bom, digo bom porque o último era ótimo, mas esse é bem legal de ler, atendeu as minhas necessidades de leitura, principalmente de literatura feminina, queria muito ler algo feminino, sobre mulher.
O livro conta a estória de 3 mulheres que têm a vida mudada drásticamente pelo destino, mas que aprendem sobre superação, principalmente dos traumas e infortúnios.
Um livro um tanto clichê, mas que foi escrito de forma tão delicada que consegue prender, do início ao fim, sendo a última página de número 566. O tipo de livro para ler durante a tarde em um dia de chuva, mas que com toda certeza não conseguimos largar num dia de Sol.
Eu recomendo para as garotas que estão por aqui, pois é um ótimo exercício de vocabulário, no qual você vai aprender novas palavras sem sentir.

Se alguém tiver um livro para recomendar eu aceito!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Depois do feriado vem o descanso

Hoje o Arthur voltou pra escola, segunda-feira foi feriado, Victoria Day, e terça eles deram uma folguinha, então o pequeno ficou em casa por 4 dias seguidos, o que me deu a maior canseira, achava que a correria da manhã fosse cansativa, mas criança em casa é sinônimo de atividade constante, e claro, falatório.
Eu fico em casa no maior silêncio cortado por alguma música, mas não curto muito falar durante o dia, às vezes, eu coloco música para preencher o vazio da casa, mas não é todo dia, principalmente depois de um feriado prolongado.
Essa noite parecia que ele queria estender o feriado, fazer com que durasse mais um pouco, então falou sem parar, contou todas as estórias que pode, cantou, chorou, pediu abraço, pediu estória e...depois que eu prometi que ia encontrá-lo no sonho dele, em uma montanha, com uma barraca, um GPS, e claro, o meu computador...ele dormiu!
Aí começa a brincadeira, eu tento dormir, mas a minha coluna, que os meus pais devem ter comprado usada na hora que me fizeram, começou a doer, daí, rola pra cá, rola pra lá, senta, se alonga, faz xixi, toma água e capota (que é diferente de dormir, pois quando se capota a gente não descansa), e depois vem o marvado do pipipi, o alarme, tudo bem que ele me tirou de um sonho estranho, em que um gato se engasgava com miolo de pão e o olho dele saltava, mas puxa-vida, eu nem tinha começado a dormir!

Mas tá, pelo menos hoje o Tutu está na escola e eu vou me dar o direito de dar só mais uma dormidinha.

Foto tirada pelo Tutu em um feriado prolongado

domingo, 17 de maio de 2009

No dia 17 de maio de 1990, há exatos 18 anos, a Organização Mundial de Saúde retirou oficialmente a homossexualidade da lista de doenças mentais. A data ficou marcada como o Dia Mundial de Luta contra a Homofobia, em que se comemoram as conquistas da comunidade GLBTT. Na Espanha, onde o casamento gay é permitido, a Igreja Católica perdeu a isenção fiscal e a ajuda financeira oficial que recebia do governo (cerca de 141 milhões de euros por ano) após ter se manifestado contrária à união homoafetiva no país. No Brasil, já é possível registrar em cartório uma declaração de união estável entre duas pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por casais gays também já é realidade. Há três casos no Brasil de crianças registradas por dois pais ou duas mães: em Bagé (RS), no Rio de Janeiro e em Catanduva (SP). Jornal de Debates

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Quem sou eu?

Hoje eu estava pensando em como eu sou, porque eu sou assim e quais são as minhas atitudes...

Eu sou uma pessoa observadora, falo muito, mas estou sempre observando tudo a minha volta e quando digo tudo, é tudo mesmo, olho o meu filho num parque e ao mesmo tempo olho o filho dos outros, ao mesmo tempo falo sobre qualquer coisa, com quem estiver do meu lado e vejo um velhinho sentado, enquanto imagino como foi a vida dele, como ela é e porque ele está ali. Penso em tudo ao mesmo tempo...

Muitas vezes, eu não lembro o nome das pessoas, pois penso que nome é só uma forma mais fácil de diferenciar as pessoas, mas gravo o rosto de todo mundo, chegando ao absurdo de comprimentar pessoas com quem nunca conversei na vida como se as conhecesse de longas datas e já tive que explicar o porque de tê-las comprimentado desse jeito, e daí, fiz boas amizades.

Por vezes (esse inverno que o diga!) entro em uma depressão brava (não gosto desse nome) e penso que poderia sumir no mundo, ou simplesmente dele, por conta de coisas muito bobas, como saber que alguém mentiu, ou que está tratando alguém diferente, um senso de justiça meio absurdo para muitos, mas doentiu para mim, tanto que me afetam até fisicamente. Também tenho necessidade de pedir desculpas por algo que chateou alguém e quando não peço e reflito depois sobre o que fiz entro na minha caverna, pois acho que não tenho o direito de deixar ninguém triste, muito menos de ser grosseira, embora algumas pessoas nos tirem do sério.

Em meio a tudo isso que eu sou, eu sou uma pessoa que ama, sim, eu amo as pessoas e digo que amo, até mesmo pessoas que eu falo pouco, mas que fazem de alguma forma diferença na minha vida. Amigas da minha mãe que me adicionaram no orkut e que naquele momento me fizeram lembrar de algo bom, são as minhas vítimas favoritas. Entrei nessa no dia que o meu filho nasceu e afirmei no dia que ele disse essas palavras e meu coração se encheu de ternura, daí percebi o quanto é importante saber que somos amados, simplesmente por existir, e saber como essas palavras transformam a gente. No primeiro momento, quando falamos isso para alguém, as pessoas se chocam, pensam que estamos malucos, isso acontece porque estão desacustumadas, mas se eu amo eu falo, mesmo que tenha que carregar o nome de maluca pela vida inteira.

Acho que tem muito mais coisas sobre mim, mas essas são as que fazem a diferença, que aparecem com mais frequência.

Bom, não cheguei a conclusão nenhuma (hahaha) mas acho que é importante pensar no que somos.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Agora nós estamos na estação das chuvas, no mês de maio passado choveu muito, tanto que quando o K.belo (cabelo) e a Sabrina vieram nós aproveitamos o único dia de Sol para passearmos nas Montanhas.
Antes de ontem eu comprei uma bota de chuva, galocha, preta com bolinhas brancas e um guarda-chuva, vermelho com bolinhas pretas, que mais parece uma joaninha. Pois é, em casa com muita cueca, ou você fica ultra-feminina, ou adere ao grupo dos meninos, fica mais prática, como diria a minha mãe. Eu adoro coisa de meninas com a praticidade masculina.
O Arthur também ganhou uma galocha do Caillo, pois a preta que ele usava antes está pequena, mas a capa de chuva que eu trouxe do Brasil ainda serve, pois trouxe grande e a mulherada adora, porque ela é mais fina e fácil de guardar na mochila.
Com esses dias de chuva as folhas já estão perdendo a vergonha, agora é só dar uma chuvona e um Solzão depois que elas saem de vez, mas a paisagem por aqui já está bem mais alegre do que antes.
Então é isso, chuva, fim-de-semana com filme bom no cinema, feriado da Rainha Victoria, o verão está chegando!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Cientista da Semana

Hoje o Tutu foi o Cientista da Semana, desde que ele entrou nessa escola que ele vem falando que queria ser o Cientista da Semana, e quando eu perguntava o que era isso ele falava que era a coisa mais especial que podia acontecer com alguém, bom, eu entendi que era algo muito legal mesmo, mas não parei para pensar nisso, até que sexta-feira ele veio com uma sacola vermelha e gritou da porta do ônibus: "I'm the Scientist of the Week!!!" E contou tudo o que ele planejava fazer.
O Cientista da Semana é uma criança que apresenta uma descoberta para a classe em um dia da semana, sempre voltada à ciência, e os pais têm que ajudar na escolha e na apresentação.
A escolha do Arthur era sobre eletricidade, ele queria fazer uma lanterna, mas aí nós compramos o conjunto de eletricidade para crianças e ele resolveu fazer um circuito elétrico, com uma chave feita de clipes de papel.
A apresentação foi muito boa, ele estava um pouco atrapalhado no começo, pois achava que tinha que ler para explicar, mas aí eu falei que não precisava e ele relaxou e explicou direitinho, teve até direito a um "Ohhhhhh", quando nós ligamos um motorzinho no circuito que quando girou fez as cores se misturarem transformando em outra cor.
Foi muito bom e o meu pequeninho ficou tão feliz que mal conseguia se conter, com uma covinha na bochecha que sempre me diz quando ele está feliz.
O melhor dia!



segunda-feira, 11 de maio de 2009

Nosso fim-de-semana

No sábado nós fomo ao anivesário do Márcio, marido da Andresa, que eu conheci na blogosfera e já são muito queridos, mesmo antes de nos conhecermos ao vivo, o que demorou quase um ano para acontecer. Lá nós encontramos alguns conhecidos e conhecemos muitos outros. Foi muito legal, não sabia que tinha tanta gente que eu nunca tinha visto antes. hahaha.
No domingo, Dia das Mães, eu acordei e recebi 2 Feliz Dia das Mães, bem preguiçosos e que ditou como seria o nosso dia. Ficamos na cama até o corpo doer, levantamos e resolvemos pegar o carro e passear por qualquer lugar, rodamos a cidade até os cafundéus e depois resolvemos ir em outra direção, tomar sorvete em Cochrane, pois dizem q o sorvete é maravilhoso, mas aí paramos no Starbucks antes, uma quadra antes, e a vontade de tomar sorvete foi pra cucuia.
O Arthur tem que apresentar um projeto de ciências para a classe na terça-feira, e decidiu que ia fazer uma lanterna, então nós entramos em uma loja de brinquedos pedagógicos e compramos um kit de eletricidade para crianças, e o projeto vai ser feito com o kit. Na loja tinham muitas coisas fofas, inclusive caixinha de música, uma coisa que eu acho q toda garota tem que ter.
Quando eu entrei no carro o Ravi me deu o meu presente, e foi a maior surpresa, pois eu estava do lado dele quando ele pagou, mas não vi, pois me distraí brincando com um potinho que simula um tornado, e eu ganhei uma caixinha de música! Fiquei muito feliz, ainda mais porque tem a mesma música que a caixinha da minha mãe. Ganhei uma caixinha com duas joaninhas dançarinas e um quadro que o Arthur pintou em um passeio da escola, o tema do quadro é o melhor: Um dia de neve. Bom, espero que o meu filho seja um pouco mais atencioso com os temas para presentes quando crescer. hahaha.
Depois fomos à biblioteca, eu aluguei uns livros, o Tutu e o Ravi ficaram no computador e depois voltamos pra casa.
Bom, então é isso, Dia das Mães preguiçoso, mas perfeito!

Meus presentes

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Soltando fogo pelas ventas

Hoje baixou o Lampião aqui em casa, fiquei brava, pois esquecemos que hoje era a festa do pijama na escola do Tutu e tinha que levar 2 dolares.
Como a gente chega meio em cima da hora no ponto, para não passar frio na rua, não dava pra correr em casa e pegar a moeda, então deixei, mas quando cheguei em casa liguei pro Ravi, ainda bem que ele não estava, pois se estivesse ia ouvir tanto que era capaz de cair da cadeira.
Eu ando esquecendo muito das coisas, então anoto tudo em agenda e calendário, mas o meu pequeno filhote me rabiscou a agenda toda, então estou sem ela e me esqueci de anotar no calendário, ainda por cima o meu marido querido, não está colaborando com as questões escolares, daí fica tudo por minha conta!
Eu sou control freak, gosto de ter as coisas mega-organizadas e se alguma coisa falha, ou se eu esqueço de alguma eu fico atormentada, me sinto o maior lixo.
Bom, mas agora o Ravi foi na escola e levou o pijama e a moeda, e até amanhã o Lampião volta pro cangaço.


Ps: eu não sou nordestina, mas o meu pai é e eu fico nervosa como ele quando acontece algo.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Segundo dia de aula

Ontem eu fui para a minha primeira aula na minha classe, eu fiquei no High Intermediate e me senti no lugar certo, o professor é o mesmo que aplicou o teste e gostou muito de como as brasileiras (somos 4 na mesma sala) tem facilidade em aprender e como o sotaque é suave.
Nós tivemos uma explicação de como serão as aulas: às segundas as aulas serão no passado e às quartas no futuro usando gonna (going to).
O professor é muito legal e a aula bem dinâmica, todos participam igualmente e ele é bem exigente quanto a pronuncia, coisa que eu adorei pois tenho muita dificuldade com os sotaques, mas quem sabe em contato com tantas pessoas de lugares diferentes falando, meu ouvido não fique mais treinado.
A única coisa que eu senti muito foi o fato deu estar com uma dor de cabeça infernal, daquelas que tudo o que se quer é estar no escuro e o pior foi que eu limpei a minha bolsa e acabei tirando o comprimido de dor de cabeça de dentro, então fiquei a aula inteira com aquela dor e cada vez que ele pedia para eu ler alguma coisa falava bem baixo e ele pedia pra eu falar mais alto, mas estava horrível ouvir a minha própria voz, mas na próxima aula eu vou estar melhor e vou poder aproveitar o máximo, pois no próximo curso quero estar no advanced!
Esse é o site que eu estudava assim que cheguei, é bem simples, mas me ajudou muito: http://www.learn-english-online.org/ e esse é o site onde eu achei o anterior e que está me ajudando muito agora: http://www.learnenglish.de/

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Vamos emagrecer?

Estou com vontade de voltar a fazer caminhadas, parece que o tempo agora vai ficar cada vez melhor, ontem choveu, o que para mim é um sinal de que o estoque de neve acabou.
No inverno a gente tem uma tendência forte a engordar, pois comer esquenta, ficamos mais tempo em casa, passamos mais tempo dentro de um casaco, e por mais um monte motivos e desculpas esfarrapadas que nós gostamos de inventar. O ano passado eu percebi que estava engordando, daí resolvi começar a caminhar, o que me levou a correr depois de um tempo e eu sobrevivi ao inverno sem ter que trocar o guarda-roupas, para falar a verdade eu ando resistindo por pura preguiça, sim, eu tenho preguiça de experimentar roupa quando vou às lojas, então faço de tudo para não engordar, sempre compro calça na Renner, no número 38, desde que ela abriu e quando percebo que as minhas estão um pouco apertadas vou para a minha caminhada, só pra não ter que trocar de tamanho.
Quando eu engravidei entrei em pânico, então fui em uma loja de grávidas e comprei tudo ajustável, macacão que aumenta conforme a barriga cresce, calça com cordinha, batas que pareciam uma tenda, vestido baby-look e por aí fui. Amamentei o Arthur até os dois anos e nesse meio de caminho voltei ao meu tamanho e até sequei demais, no batismo dele eu já estava bem fininha e as roupas ficaram largas, então fiz uma dietinha de engorda e voltei ao meu número.
Neurótica, eu??? Que nada!
Mas não deixo de comer as coisas que eu gosto, amo picanha, carne de porco, pão...e nem diminuo a quantidade do que como, só aumento o exercício, ah! e tomo chá, muito chá! E tento não comer até sentir a barriga doendo, como para matar a fome naquele momento.
Acho importante olhar a geladeira e pensar: "tenho comida em casa, se sentir fome posso comer a hora que quero, sendo assim, vou comer o que o meu corpo precisa", é como se fosse um mantra. Às vezes, a gula bate e aí queremos fazer estoque de comida, como se fôssemos passar fome dali a pouco, mas não tem necessidade. Chocolate, por exemplo, não é comida, não temos que comer chocolate pra matar fome, mas sim a necessidade de açúcar, ou o simples desejo por chocolate, então eu compro o que eu mais gosto no mundo, o mais gostoso de todos e degusto, como um pedaço e depois guardo, para outra hora, nessa brincadeira tenho um monte de chocolate guardado no armário, incluindo os do Arthur da páscoa.
Bom, meu amigos, vamos deixar a preguiça de lado e vamos ficar lindos, pois o verão está chegando e é quente pra dedéu, nada de se esconder em roupa larga, hein?!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Primeiro dia de aula

Ontem eu comecei o curso de inglês, como eu disse estou fazendo na Bow Valey durante a noite, pois assim o Ravi pode ficar com o Arthur, o curso é de Listening and Speaking e eu me matriculei no básico pois nunca fui à uma escola antes.
Quando cheguei estava um pouco nervosa, mas depois fui relaxando. Na classe tinham 4 brasileiros além de mim, mais novos e bem simpáticos. A professora é muito legal e também bem simpática.
O nível dos alunos era um pouco mais baixo do que eu imaginava, pois quando eu fiz a matrícula falaram que os alunos deveriam ter nível intermediário, mas tinham pessoas que não conseguiam formar uma frase completa, o que me assustou um pouco, mas nós tivémos que fazer um teste e agora terão 3 classes com níveis diferentes e eu acredito que não vá ficar no nível 1...
O teste era bem simples, nós tínhamos que ver um desenho e explicar o que a gente entendia sobre ele, eu pra variar fui longe, expliquei até o que não estava e o professor gostou, mas aí a gente ficou conversando sobre o Brasil, sobre o meu sobrenome que é do Ravi, sobre o movimento de imigração que houve no Brasil e que está começando a ter por aqui (e muito!), sobre os sotaques e combinamos de continuar a conversa outra hora, pois o pessoal estava esperando.
Voltei pra classe e fizemos mais alguns exercícios no passado e depois sentamos em grupos para fazer uma tarefa e no meu grupo estavam 2 Koreanos (muito engraçados e com cara de desenho japonês) e uma mulher da Bósnia que não se conformava com o fato de eu não saber cozinhar e me deu uma lista gigante de coisas que ela adora cozinhar. Foi muito engraçado!
No meu primeiro grupo tinham uma venezuelana, que era muito brasileira, tinha toda fisionomia de brasileira, e um homem do Sri Lanka, muito gente boa, chamado Mohammed e que explicou sobre as línguas faladas no país dele e sobre a relação entre os muçulmanos (como se comprimentam, do que conversam, etc.). A moça se chama Luísa, o inglês dela era bem fraco e o dele era muito bom, mas ele tem muito sotaque, coisa que eu também tenho, mas alguns povos não conseguem pronunciar algumas letras, aí fica bem estranho de entender.
Não vejo a hora de amanhã chegar para poder saber em que turma eu vou ficar e começar direitinho. Demorou, mas a minha vez chegou! Estou feliz!

domingo, 3 de maio de 2009

Day out with Thomas


Nesse sábado fomos ver o Thomas no Heritage Park num dia lindo de Sol, o Tutu ficou todo feliz e nós também, depois nós fomos jantar no Red Lobster e assistimos o filme Bride Wars no basement. Um dia muito gostoso, sinalizando que o verão está chegando e vamos poder aproveitar muito!