terça-feira, 9 de setembro de 2008

Ontem eu fui pra Sampa com os meus pais, nós fomos pro Centro e ficamos no Mercado, foi a primeira vez que eu fui naquele lugar, já tinha ido várias vezes para a 25 de março e passado pelo Mercadão muitas outras, mas nunca tinha entrado.

Demos muitas voltas por lá tentando achar um lugar para estacionar e finalmente achamos bem em frente ao Mercado.

Foi ótimo, pois todas as vezes que eu fui, eu estava dirigindo, mas dessa o meu pai estava dirigindo, aí pude olhar vários detalhes e tirar umas fotocas. Fiquei em estado de contemplação total, como dizem por aqui: Brisei!

Entramos no mercado e eu queria tirar foto de tudo, frutas, azeites, vinhos, temperos, gente, tudo! Fora os detalhes na arquiterura, que cada vez que a gente olha percebe uma coisa nova.

Almoçamos em um restaurantezinho bem brasileiro com comidinhas perfeitas para todos os gostos, até para o do meu pai que é bem nordestino, ele comeu Cabrito, o seu prato favorito, e eu um Filé Mignon de tirar o chapéu. Depois fui dar uma volta e dar uma olhada nos vinhos, fiquei na porta por mais ou menos uma hora só tentando assimilar aquela mistura estranha de prédios mal cuidados com arquiterura de época, gente bem vestida com vendedores ambulantes e todas as cores, como a de um prédio listrado de várias cores que mais parecia uma homenagem aos gays e que ficava fazendo um pano de fundo para os prédios cinzentos.

A minha mãe e a minha prima foram as compras, porque a minha mãe vai começar a atender crianças no consultório e precisava comprar uns brinquedos. Eu nem pensei em sair daquela porta, estava curtindo tudo aquilo e como o Tutu estava com preguiça ficamos por lá mesmo, só mais tarde nós fomos dar uma volta no quarteirão e ele ganhou mais um trenzinho (a visão seletiva dele tem o poder de achar trenzinhos até naquele paraíso das muambas!), depois voltamos ao estacionamento e o pequeno e a Bebela ficaram no carro brincando.

Eu e o meu velhinho ficamos sentados em uns banquinhos na calçada vendo a desenvoltura do pessoal que trabalha por lá. O pessoal anda de bicicleta com uma pilha de caixotes entre os carros na maior velocidade, enquanto os tiozinhos passam com carrinhos com caixas de frutas, mulheres passam ensacoladas e manobristas vão e vêm com carros nos estacionamentos. Um verdadeiro caos, mas que para quem está sentado parece uma cena de desenho, as personagens desse caos têm até cara de desenho.

Ai, amo muito tudo isso!

Nem as lojas de bolsas me tiraram desse estado de graça, uma pena que não tivesse alguém comigo que conseguisse me entender melhor. Agora estou me programando para ir ao Centro de Santos, que é outra preciosidade.


3 comentários:

Unknown disse...

Very good......

Eliane disse...

Sabe Soraya, morei na capital paulista durante 17 anos, e fui conhecer São Paulo desse jeito depois que mudei. Obrigada por poder passar toda essa poesia no olhar, é muito bom, quando a gente passa a observar as coisas com outros olhos.
Grande beijo e aproveite bastante.
Eliane.

Soraya Wallau disse...

Oi Eliane, muito obrigada, estou torcendo para q todo mundo q foi morar fora consiga ver as coisas um pouco mais com o coração, pois essa é a nossa terra, não é mesmo?! Bjinhos.