sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Sol = Parque



Ontem fui buscar o Arthur na escola e já levei a máquina, estava um dia lindo de Sol e não podemos perder tempo quando o negócio é Sol .
Eu tinha passado outro dia por uma árvore que estava linda, toda dourada com a chegada do outono e fiquei louca pra tirar umas fotos antes das folhas cairem.
Estava uns 5 graus durante a tarde, mas como estava Sol, deu pra sair só com uma malhinha. Muito bom!!!
O Arthur se divertiu muito, como sempre e claro fez o maior escândalo na hora de ir embora, mas por sorte tenho criatividade suficiente para contar uma lenda tão maluca que ele esquece e podemos ir pra casa tranqüilos.
Qual era a lenda dessa vez???
"O Papai Noel colocou várias câmeras pela cidade, a única coisa que as pessoas sabem, é que elas estão nos pinheiros, mas não é em todos os pinheiros, somente em alguns. Agora nós temos que ir embora e prestar muita atenção nos pinheiros pra achar as tais câmeras".
E colou!!!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Não é mera semelhança...


Booooo....

Ontem eu estava vendo um filme bobo de terror com o Arthur, de repente apareceu um fantasma e eu fingi estar com medo e segue o diálogo:
-Filho, você não está com medo?
-Dãmmm... (não seja tão infantil)
-Eu tenho medo de fantasma
-Ah mãe, você não tá vendo que é de mentira?
-Ah, mas como você sabe que esse não é de verdade?
-É só olhar, não tá vendo que é um homem? Fantasma de verdade não é assim...
-Então como é, você já viu um?
-Dãmmm...fantasma de verdade tem lençol, né?! Vou brincar, esse filme é muito ridículo.
E eu fiquei no sofa com cara de bolinho e morrendo de vontade de rir.
O Halloween está chegando, quero só ver a cara dele quando sair na rua e der de cara com algum fantasminha de lençol...hihihihi

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Humm...

Hoje eu estou me sentindo um pouco angustiada, sei lá...

Acho que é porque eu queria muito começar a ir na escola de inglês, cansei de inglês meia-boca. Eu estive pensando que ninguém vai me conhecer direito enquanto eu estiver com um inglês tão primário. Tudo bem eu consigo até ter uma conversa e explicar o que eu quero, mas em português eu converso sobre coisas mais interessantes, eu gostaria de falar sem ficar cansada depois. É acho que está me faltando a tal da eloqüencia.

Outra coisa que eu fico pensando é que uma pessoa que fala errado não passa uma boa impressão, né?!

Mas não, eu não quero voltar pro Brasil, afinal de contas esse é um obstáculo muito pequeno e em breve irei ultrapassa- lo.


O Guardião de Memórias de Kim Edwards

Acabei de ler mais um livro, esse foi um livro bem gostosinho, sabe livro Sessão da Tarde, pois bem, era desse tipo. Daqueles livros que você lê sem pressa, sem medo de deixar o personagem sofrendo até você ler de novo.

O que eu mais gostei foi da passagem de tempo, leve, e da forma que a autora nos mostra os pontos de vista de cada personagem, também gostei de como a gente percebe o ambiente em que a estória vai se passando. Eu gosto muito de livros descritivos, não daqueles que perdem capítulos te descrevendo uma cadeira, mas dos que te ambientam.

Um ótimo livro para se ler a tarde num dia chuvoso.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Tirei umas fotos do Arthur na escola.

Gengiz, Arthur e Dawson

Gengiz e Jevon

Esperando o ônibus


No ônibus, Arthur, Bora e Gengiz
Oi Gente, meu irmão mandou fotos do bebê mais lindo da tia, então tenho que mostrar pra vocês.


Marcel e suas várias carinhas!!!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Vocês assistiram Heroes hoje? Pois é, a gente assistiu! hahaha

Filho crescido é isso aí...

Pessoas, o Arthur agora é uma criança que dorme, acreditem ou não ele dorme todos os dias pontualmente às 19:30.
Os meus amigos são testemunhas de que o meu filho era o cara mais baladeiro da turma, lógico que depois do Fabrício e de mim, mas tava ali.

Pois agora ele não é mais o mesmo, é um cara responsável, que dorme cedo e acorda cedo todos os dias (inclusive finais de semana, para meu desespero).

O engraçado era que até pouco tempo eu sentia vergonha de entrar naquelas rodas de mães que ficam o tempo todo se gabando da pontualidade "sonífera" de seus filhos, mas agora eu já posso entrar e me gabar também, tudo bem que eu ainda não possa entrar na roda de mães de filhos degustadores, mas cada coisa a seu tempo.

Eu sempre fui meio cética quando as pessoas falavam que seus filhos "iam para a cama, pontualmente" grifo porque ainda sou cética quanto a ir para a cama, mas pontualmente passei a acreditar e espero poder acreditar no ir para a cama também um dia.

-3,...graus!!!

Hoje o Ravi me acordou dizendo: "Putz, -3,4 graus!!!" e eu dei graças a Deus pelo Arthur não ter aula, também fiquei torcendo pra que ele ficasse na cama só mais um pouquinho, mas acho que já é pedir demais.
Ele acordou umas 7:30 e aí já viu, dar um leitinho, alguma coisa pra comer, colocar um desenho e ter que adivinhar qual parte ele quer ver, cobrir porque ficou com frio e essas coisas que te fazem ficar com uma adrenalina de maratona e não adianta deitar que seu corpo vai ficar correndo, mesmo você estando parada.
Daí, resolvi abrir a janela pra ver se tinha nevado ou algo parecido (que por enquanto ainda tem graça), percebi que os carros estavam com o vidro branco por causa do frio da madrugada. Uma mulher estava com um rodinho limpando os vidros do carro, com o motor ligado pra dar uma esquentada antes de sair. Eu fiquei pensando "Acho que ela vai levar os filhos na escola, pra ter que levantar a essa hora, ou ir pro trabalho...".
Existem algumas coisas que eu ainda estranho estando num país multi-cultural como esse. A mulher estava de lenço na cabeça, então deduzi que ela era do Oriente-Médio.
Quando eu olhei bem, vi que tinha alguém no carro. "E a mulher, lá, limpando o vidro...". Achei que fosse uma criança, mas depois percebi que era um homem, e lógico fiquei indignada, pensando em como certas culturas são machistas, em como o homem podia ficar dentro do carro quentinho vendo a mulher exposta aquele frio e não fazer nada.
Ah, detalhe, a mulher estava só de lenço na cabeça, uma blusa de lã de manga 3/4 e uma saia. De vez em quando ela esfregava uma mão na outra pra poder esquentar, o que me deixava mais indignada ainda.
De repente, a mulher acabou o trabalho, pegou o seu rodinho e foi pra casa. Pra casa!!!!
Eu fiquei passada, a mulher saiu de casa só pra limpar o vidro pro marido, é muito pra minha cabeça Ocidental!
E isso vai acontecer justo na minha janela, logo eu tinha que ver isso...
Não que eu seja dessas feministas que acham que tudo tenha que ser igual, mas também não sou nenhuma lady, que precise que o marido de a volta no carro pra abrir a porta que está do meu lado (tá bom, exemplo ruim, o meu marido podia fazer essas coisas que eu não ia achar ruim, "Viu maridooo!!!") mas não sou exigente, todos os meu amigos sabem disso. Mas sejamos razoáveis, pelo amor!!!
E eu que ontem resolvi dar uma limpada na casa e convoquei a minha Força Tarefa, que inclui um garoto de 4 anos, acho que eu preciso ter uma conversinha com essas mulher.
Mas aos poucos vou resolvendo essas coisas. Já andei dando umas dicas pra minha amiga da Turquia, ela trabalha de faxineira em uma clínica e quando chegava em casa ainda tinha que arrumar o quarto do filho de 4 anos, que segundo ela parece um chiqueiro. E eu falei uma simples coisas "Honey, welcome to America!" e ela só deu um sorrisinho. No dia seguinte veio toda feliz contando que virou pro marido e falou: "Olha aqui, eu já saí da Turquia faz 6 anos, tenho cidadania americana, vamos levantando e arrumando a casa. TODOS!!!"
Ela voltou pra casa toda satisfeita com a sua vitória e eu com a minha.
Não quero mudar o mundo, mas se eu puder mudar meu bairro já tá bom. hahaha.

sábado, 22 de setembro de 2007

Mira ligue a câmera!!!

Hoje por um milagre a minha mãe viu o meu blog, sei que não tem muito pra ler, mas fiquei bem contente!
Sinto muita falta de ver o rosto da minha mãe, mas sei que uma hora ela vai criar coragem e ligar a câmera. Nos falamos todos os dias, mas dá curiosidade de ver como está, se cortou o cabelo, se tem alguma nova ruguinha ou se está a mesma coisa, o que seria excelente.
Então vamos iniciar uma campanha "Mira, ligue a câmera, pô!" as pessoas podem ajudar com ligações, conversas ao vivo ou até mesmo, indo e apertando o botão da giringonça (não sei se escreve assim).
Bom, é isso aí, a campanha está iniciada, e para aqueles que eu não vi ainda, "Liga a câmera!!!"

Ehhhhh!!!!

Estou muito feliz, porque ontem durante a noite o Arthur escreveu pela primeira vez o nome dele, fiquei super emocionada, muito embora ele tenha demorado bastante tempo só na letra R.
Escrever pra mim parece uma coisa que já veio comigo...

Ele suava tanto, que no final até pediu pra tirar uma foto e não me deixou apagar da lousa o que ele tinha escrito.

Assim que acordou me pediu para ajudá-lo a escrever de novo, parecia que tinha medo de esquecer, lindo!!!

Nunca pensei que pudesse me comover com coisas tão simples,mas sim eu tenho coração e a maternidade realmente transforma a gente.

Estou muito feliz!!!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Atendendo a pedidos

Atendendo a pedidos agora eu tenho um blog de gente grande. Espero que eu consiga me entender com esse negócio, porque como já disse sou novata nos lances tecnológicos...


Ah, hoje é aniversário do vovô Geraldo!!!

"Sogrão, Parabéns!!!! Tudo de muito lindo na sua vida, hoje e sempre. Te amamos, muito. Felicidades!!! Bjos".



Essa foto vai pro vovô Geraldo! Bjos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Hoje eu estou ouvindo música

Chico Buarque - Eu Te Amo
Tom Jobim - Chico Buarque


Ah, se já perdemos a noção da hora

Se juntos já jogamos tudo fora

Me conta agora como hei de partir

Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios

Rompi com o mundo, queimei meus navios

Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós, nas travessuras das noites eternas

Já confundimos tanto as nossas pernas

Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão

Se na bagunça do teu coração

Meu sangue errou de veia e se perdeu


Como, se na desordem do armário embutido

Meu paletó enlaça o teu vestido

E o meu sapato inda pisa no teu


Como, se nos amamos feito dois pagãos

Teus seios inda estão nas minhas mãos

Me explica com que cara eu vou sair


Não, acho que estás só fazendo de conta

Te dei meus olhos pra tomares conta

Agora conta como hei de partir

Conversa de Botas Batidas

Los Hermanos - Conversa De Botas Batidas
Marcelo Camelo
- Veja você onde é que o barco foi desaguar
- A gente só queria um amor
- Deus parece às vezes se esquecer
- Ai, não fala isso por favor
Esse é so o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho
Prepara uma avenida
Que a gente vai passar

- Veja você, quando é que tudo foi desabar
- A gente corre pra se esconder
E se amar se amar até o fim
Sem saber que o fim já vai chegar

Refrão
Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar

Abre a janela agora
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
Que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
Que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
E agora está de bem

Refrão

Diz quem é maior
Que o amor
Me abraça forte agora
Que é chegada a nossa hora
Vem vamos além
Vão dizer

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Friiiiiiiiooooo.......


Nossa hoje está um dia lindo, mas tá tão frio que eu estou em casa faz 20 minutos e ainda não sinto o meu rosto e orelhas direito

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Minha história

Faz tempo q eu não escrevo...mas estou aqui.
Hoje eu fiquei pensando em quando nós decidimos vir pro Canadá, tudo parece tão distante, mas só fazem 10 meses, só, porque na minha cabeça parece que se passaram anos.
Para quem não sabe vou contar um pouco o que se passou, com a gente e comigo.
Em novembro surgiu a proposta de vir pra cá, tivemos muitas dúvidas e curiosidades.
Em dezembro tivemos certeza de que ia ser uma coisa boa coisa a se fazer, já que nunca tivemos muito medo das novidades, acho que o sangue cigano começou a ferver e foi preciso levantar acampamento e pegar estrada.
No dia 5 de janeiro fechamos a porta do nosso apartamento, acho que nessa hora eu tive um pouco de medo, mas recuar não faz parte dos meus planos, quem me conhece sabe que o meu lema é: "Se não está dando certo, faça dar certo".
Chegamos na casa dos meus pais de mala, cuia e frasqueira. Essa volta a casa dos pais fez a minha cabeça rodar, não sabia mais como era ser filha, já que agora eu sou mãe, ser filha em uma casa em que eu nunca morei, pior ainda.
A idéia inicial era o Ravi vir em fevereiro e eu ir pelo mês de abril, mas é claro que o mês de fevereiro chegou e nós ainda estávamos esperando os papéis e a divina providência acenarem.
Os meses foram se passando e as dúvidas e ansiedades foram aumentando, mas o engraçado é que eu não podia desistir, estava louca pra recomeçar a minha vida e já tínhamos ido até ali. Não, desistir jamais!
Os meses em que eu deveria vir já tinham chegado e a única coisa que eu pensava era que nada tinha acontecido ainda. PURO DESESPERO.
Meio ano tinha se passado e o Arthur não foi na escola, estávamos vivendo de sonho e esperança. Parece meio clichê, mas era a mais pura verdade.
No dia 5 de junho o Ravi embarcou, até a hora do embarque eu estava só pensando que até que em fim tudo estava andando certo, mas na hora que fomos embora e o pequeno sentiu a falta do pai e começou a chorar, parecia que o meu mundo estava desabando. Uma sensação de vazio chegou e não ia embora, nào sentia vontade de falar com ninguém, tudo era "E se...".
Durante a noite o Arthur não parava de chorar sentindo falto do pai, me senti uma viúva de marido vivo. Nove anos juntos, nunca tínhamos ficado separados, ainda mais por tempo indeterminado. Quando ele dormiu fiquei aliviada por pelo menos ele conseguir dormir...
No dia senguinte, o Ravi me ligou e aí pude pelo menos respirar um pouquinho.
Esse mês parecia que não ia acabar nunca...
Quando foi dia 4 de julho tomei a primeira atitude insana da minha vida (depois de aceitar o pedido de casamento do Ravi) pedi pro Ravi comprar nossas passagens pro dia seguinte.
Me despedi das pessoas por telefone, estava tão louca que nem conseguia pensar em despedidas, a única coisa que eu pensava era no que eu queria que viesse. Provar pra mim mesma que tudo ia acontecer, a sensação de perda de esperança é muito triste...
Quando eu cheguei no aeroporto com um monte de malas e uma criança em cima delas, ainda não tinha certeza se conseguiria embarcar, fiquei esperando até a hora da pesagem das malas, junto com o meu pai e a Fabi (amiga de todas as horas) pela confirmação do vôo, que por fim chegou.
Na fila do embarque, que eu não precisei de ficar por estar com criança não tinha muita certeza do que estava acontecendo, parecia que eu ia dar uma entradinha e depois sair, mas na hora que eu entrei e olhei pra trás vendo os meus pais, a Cynthia, a Fabi, Nathalie e a minha querida tia Aracy, NOSSA, o mundo passou pela minha cabeça, eu sentia um nó tão forte na garganta que se eu tentasse falar acho que ia gritar.
Quando essas coisas aconteceram foi tão intenso, eu me sentia tão nas mãos do destino, vulnerável.
Mas agora tudo passou, ficou longe parece que tudo aconteceu em um dia, um único dia.
Eu falava pro meu pai que nesse tempo eu tinha envelhecido 30 anos, agora nós tínhamos a mesma idade, e eu acho que ele sabia que era verdade.
Não me arrependo do que eu fiz, não só porque estou aqui e tudo está dando certo, mas porque esse aprendizado ninguém poderia me dar se não fosse a própria vida.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Travessuras da menina má

Gente!!!!! Acabei de ler o "Travessuras da menina má", Rachel, Alê e Rapha, muito obrigada pela dica, li em 4 dias de muita angústia. Fala sério, "velha mala"!

Pessoas leiam!!!
Sem palavras!!!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Geeeennnnntttttteeeeeemmmmmm....

Tô muito feliz!!!
O Arthur está amando a escola, ele foi ontem e eu fiquei na classe junto com ele, mas num canto com as outras mães, sem nem respirar pra não atrapalhar, sabe? E ele participou de tudo sem me olhar...Ontem a noite eu conversei com ele sobre eu levá-lo na escola, mas não ficar na sala com ele, e ele me disse que era melhor ver isso na escola.
Hoje, quando nós acordamos ele logo disse: "Mamãe, já tá na hora de ir pra escola?" Claro que não era, pois eram só nove horas e ele ainda está indo somente as 13:15.
Na escola foi muito bom, porque ele entrou sozinho e ficou com os amiguinhos fazendo as atividades e eu fiquei num banco no corredor esperando a hora de ir embora.
Foi muito bom, também porque eu conversei com a professora e ela me pareceu menos perdida e mais entusiasmada.
Uma coisa muito boa foi que um menino da classe do Arthur, Gengys, mora aqui perto, então nós pegamos o mesmo ônibus e o menininho e o Arthur estão se tornando bons amiguinhos. Tudo bem que o Arthur só fale português e o pequeno fale em inglês e turco, mas eles se entendem daquele jeito que só as crianças conseguem.
Quando eu cheguei na escola as crianças estavam brincando e ficamos eu e mais uns pais conversando, então nós descobrimos que cada um de nós era de um lugar diferente, mas não era cidade ou estado, eram países diferentes, Brasil, Turquia, Iran e Argélia, coisas de um país de imigrantes.
Agora que começaram as aulas do Arthur a gente tomou uma dose de realidade do tipo: "Sim, nós estamos morando aqui, é preciso viver aqui de verdade". Acho que nós estávamos vivendo mais como turistas na nossa cidade.
Estou muito feliz por a nossa vida ter começado e de uma forma tão boa!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Primeiro dia de aula, um grande aprendizado.


Fomos, no primeiro dia de aula do Arthur, eu fiquei bem contente porque quando nós chegamos as crianças estavam na hora do almoço, então o parquinho estava cheio. O Arthur por incrível que pareça foi se misturar com as crianças, sem o menor medo. Realmente fiquei aliviada!
Quando nós entramos a Mrs. Rogers (prof.a dele) se apresentou e colou etiquetas em todos, também mostrou onde era o gancho de cada um.
Eu fiquei um pouco chateada, porque as pessoas disseram que ia ser super fácil, mas não foi tão fácil assim, nem pra mim nem pra ele. A Mrs. Rogers falava e ele parecia que estava viajando, nada do que ela falava tinha o menor efeito, pois ele não entendia o menor gesto que ela fazia.
É meu coração de mãe ficou partido, principalmente pelo número de vezes que ela chamou a atenção dele...
Sei que chegou uma hora que tudo aquilo perdeu totalmente a graça pra ele e ela simplesmente virou e disse: "Oh, vamos pra casa que esse negócio aqui tá muito chato", eu tive vontade de virar as costas e ir mesmo...mas fiquei e insisti.
A professora estava com muito boa intensão e até elogiava o Arthur, mas ele não entende nem elogio, então não surtia muito efeito.
Depois de algumas horas ela resolveu dar uma atividade em que a criança tinha que escolher o que mais gostava (transporte, comida, lugar, etc) mas como ela sabia que o Arthur não entendia nada pulou a vez dele, mas justo nessa vez ele entendeu, então ele levantou e disse: "I like train". A classe aplaudiu e eu quase chorei.
Tá vendo, pra quem me acha fria, tá aí a mostra de que os brutos também amam.
No mais tudo vai indo, o pior sempre é o primeiro dia, amanhã ele vai de novo, até que nem se lembre mais de como foi difícil esse dia, eu também espero esquecer como foi difícil.